Ás vezes sinto-me perdida,sem saber para onde ir. Sem ter para onde ir. Não há caminhos certos ou errados. Qualquer desejo deles é vislumbre, porque a sua realidade é inexistente.
Tomaram-me as rédeas das mãos, perdi o controlo da minha vida... se alguma vez tive o seu controlo. O tapete que me sustentava foi abruptamente arrancado pelas mãos fantasmagóricas da ironia do destino.
Estou imóvel e despojada de coragem. O meu corpo treme a cada pensamento. A minha mente bloqueia cada emoção. Tento afogar os sentimentos que emergem do fundo do meu ser.
Sou a personificação da vida sem vida. Cada célula do meu corpo tem mil fragmentos de medo. E o medo apoderasse de mim.
É tudo turvo e confuso. Não sei o que quero. Não tenho certezas do que não quero.
Perdida no meio da descoberta. Já não me recordo do que é ser. Perdi a memória de quem sou.
Não sei o que vou ser, quando voltar a ser, se algum dia voltar a ser.
Que os sonhadores nunca deixem de sonhar...
Sometimes I feel empty, lost in the immensity of nothing
that lives inside me. There is no floor under my feet. There is no darkness in
this vacum. It’s all white, white as a paper sheet unused, without lines or
margin. I look at the most remote recesses of my being, but there is no pencil
or pen. I don’t have how to create anything, I don’t have how to fill the
nothing.
Sometimes I feel lost, without knowing where to go. Without
having where to go. There is no right ways or wrong. Any desire of them is a
glimpse, because their reality don’t exist.
They took the reins of my hands, I lost the control of my
life… if I ever had the control. The carpet that sustained me was abruptly
yanked by the ghostly hands of fate’s irony.
I am still and stripped of courage. My body trembles at every
thought. My mind blocks every emotion. I try to drown the feelings that emerge
from the depths of my being.
I am the personification of life without life. Every cell in
my body has thousand fragments of fear. And fear seize me.
It's all blurred and confused. I don’t know what I want. I
have no certainties what I don’t want.
I’m lost in the middle of discovery. I can’t remember what
is to be. I lost the memory of who I am.
I don’t know what I will be when I return to be, if ever I
return to being.
That dreamers never
stop dreaming ...